Radicais
Livres causas e danos na pele
RADICAIS
LIVRES
Os Radicais Livres são moléculas
orgânicas e inorgânicas e os átomos que contêm um ou mais elétrons não
pareados, com existência independente. Essa configuração faz dos radicais
livres moléculas altamente instáveis, com meia-vida curtíssima e quimicamente
muito reativas. A presença dos radicais é importantíssima para a manutenção de
muitas funções fisiológicas normais. Normalmente em torno de 97% dos RL são
neutralizados pelo organismo, porém os 3% que restam agridem o organismo.
Os radicais livres são formados quando um átomo de
oxigênio perde um elétron. Para reconstituir sua neutralização os radicais
livres tendem a capturar elétrons de outros átomos. O que pode ocasionar em
duas situações distintas. A primeira é quando a neutralização de um RL pode
gerar a sua multiplicação. Na segunda situação o RL se liga a membrana celular,
favorecendo a sua reestabilização, porém esse processo acaba gerando uma
oxidação danificando a membrana, o DNA, diversos tecidos, e os meios de
restauração da célula. Por esse motivo é indispensável que a pele tenha um
depósito de antioxidantes. A instabilidade e a alta reatividade do RL são
reparadas quando o mesmo doa ou recebe um elétron de outra molécula.
O oxigênio, no processo de
respiração celular, é utilizado no interior das mitocôndrias ou na membrana e o
seu alvo celular (proteínas, lipídeos, carboidratos e DNA) está relacionado com
o seu sítio de formação. Entre as principais formas reativas de oxigênio o O2- apresenta uma baixa capacidade
de oxidação, o OH. mostra
uma pequena capacidade de difusão e é o mais reativo na indução de lesões nas
moléculas celulares. O H2O2 não é considerado um radical livre
verdadeiro, mas é capaz de atravessar a membrana nuclear e induzir danos na molécula de DNA por
meio de reações enzimáticas.
Algumas espécies de radicais
livres:
1O2 oxigênio singlete
O2- radical superóxido
OH· radical hidroxila
NO· óxido nítrico
ONOO- peroxinitrito
Q· radical semiquinona
O2- radical superóxido
OH· radical hidroxila
NO· óxido nítrico
ONOO- peroxinitrito
Q· radical semiquinona
Estresse
oxidativo
A formação de radicais livres in vivo ocorre via ação catalítica de enzimas,
durante os processos de transferência de elétrons que ocorrem no metabolismo
celular e pela exposição à fatores exógenos. Contudo, na condição de
pró-oxidante a concentração desses radicais pode aumentar devido à maior geração intracelular ou
pela deficiência dos mecanismos antioxidantes. O desequilíbrio entre moléculas
oxidantes e antioxidantes que resulta na indução de danos celulares pelos
radicais livres tem sido chamado de estresse oxidativo.
O corpo possui um sistema de defesa, contra
os malefícios decorrentes dos radicais livres que através de substâncias
produzidas no organismo, vitaminas e minerais agem como varredores, conduzindo
o excesso de RL para meios de eliminação de toxinas tais como: Pele, intestino
grosso, sistema linfático, aparelho urinário e respiratório. Porém com a idade
e com a exposição do corpo a situações em que a capacidade do organismo em
neutralizar elétrons seja menor do que a demanda, essa defesa acaba sendo
prejudicada. (Acarretando em doenças como: câncer, doenças cardíacas, artrite,
doença de Lou Gehrig, e doença de Alziheimer. Além de serem nocivas ás células
de langerhans, diminuindo a eficácia do sistema imunológico da pele, geram
acumulo de substâncias químicas, que por sua vez causam malefícios ás células e
acentuam o envelhecimento cutâneo.
O
sistema de defesa que o corpo possui são os antioxidantes que trabalham para inibir e/ou reduzir os danos causados pela ação
deletéria dos radicais livres ou das espécies reativas não-radicais. Esses
agentes que protegem as células contra os efeitos dos radicais livres podem ser
classificados em antioxidantes enzimáticos ou não-enzimáticos. Uma alimentação
balanceada deve ser o meio de escolha preferencial para combater esses agentes,
cores vibrantes de frutas, legumes e verduras são alimentos ricos de
antioxidantes.
Os estudos sobre ação dos
radicais livres foram motivados e impulsionados pela descoberta da sua ação
sobre o envelhecimento celular. Os
radicais livres agem sobre as células, alterando suas membranas e dando-lhes um
aspecto de células velhas que, normalmente, seriam eliminadas pelo sistema
imunológico do organismo. No entanto, quando a quantidade de células alteradas
é aumentada pelo excesso de radicais livres e quando, devido ao envelhecimento
cronológico do organismo, há diminuição do sistema imunológico, o organismo não
consegue eliminar as células alteradas. Assim, algumas dessas células
sobrevivem e começam a funcionar de maneira inadequada, alterando a fisiologia
do tecido, do órgão e de todo o organismo. Como essas células podem ter seu
código genético alterado, multiplicam-se desordenadamente, propiciando o
aparecimento de tumores, doenças pulmonares, cataratas entre outras.
Entretanto,
os radicais livres são muito úteis. O organismo humano não vive sem eles, pois
são indispensáveis na defesa contra infecções. Quando algo estranho consegue
entrar no organismo, como um vírus, uma bactéria ou uma partícula de pó, logo soa um alarme químico pra as células do
sistema imunológico. Os primeiros a chegar ao local são os neutrófilos que
agirão contra o invasor, em seguida vem os macrófagos que engolem e trituram o
agente estranho. Essa estratégia de defesa só é possível porque o organismo
utiliza o potencial destruidor dos radicais livres. O macrófago, por exemplo,
envolve uma bactéria para bombardeá-la com superóxidos.
Antioxidante
Os antioxidantes são substâncias
que ajudam a reduzir os efeitos do estresse e da falta de oxigênio, formando
complexos que atenuam as reações produtoras de radicais livres. A capacidade de
defesa do sistema antioxidante depende de uma dieta adequada em micronutrientes
(vitaminas, minerais, aminoácidos) e a produção endógena de antioxidantes como
o glutation.
Recentemente foi descrito na
literatura que as vitaminas A (beta-caroteno), E (tocoferol) e C (ácido
ascórbico), junto com minerais como o zinco (Zn), atuam como agentes protetores
antioxidantes. O ácido ascórbico pode reduzir o radical livre do tocoferol e
regenerá-lo. O radical de ascorbato, que é estável ou ao menos não reativo,
pode ser reduzido enzimaticamente a ácido ascórbico por uma reação sistêmica de
nicotinamida dinucleotídeo.
Os tocoferóis e os beta-carotenos
estão incluídos dentro dos antioxidantes que protegem a membrana celular diante
dos radicais que atacam as lipoproteínas de baixa densidade da mesma.
O período
precedente à oxidação, no qual é consumido primeiro o tocoferol e depois o
beta-caroteno, é denominado fase de intervalo. Esta fase parece servir como
medida da proteção das lipoproteínas pelos antioxidantes e a sua duração está
determinada pelo conteúdo de antioxidantes.
Os tocoferóis atuam como primeira
barreira defensiva contra os radicais lipofílicos, enquanto que o ácido
ascórbico intervém como primeira barreira diante dos radicais hidrofílicos.
Além da forma química desses
compostos do sistema defensor diante dos oxidantes, existem outras enzimas
endógenas antioxidantes que possuem grande importância na proteção celular,
como a superóxido-dismutase, a catalase e a glutation-peroxidase. A superóxido-dismutase
catalisa a redução de superóxido a oxigênio e peróxido de hidrogênio, enquanto
que a catalase converte o hidrogênio peróxido em água e oxigênio.
A importância concernente ao desempenho dos
antioxidantes in vivo depende dos fatores: tipos de radicais
livres formados; onde e como são gerados esses radicais; análise e métodos para
a identificação dos danos, e doses ideais para obter proteção.
Assim, é perfeitamente possível
que um antioxidante atue como protetor em determinado sistema, mas que falhe na
proteção, ou mesmo que aumente as lesões induzidas em outros sistemas, ou
tecidos.
A vitamina C, por exemplo, atua
na fase aquosa como um excelente antioxidante sobre os radicais livres, mas não
é capaz de agir nos compartimentos lipofílicos para inibir a peroxidação dos
lipídeos. Por outro lado, estudos in vitro mostraram que essa
vitamina na presença de metais de transição, tais como o ferro, pode atuar como
uma molécula pró-oxidante e gerar os radicais H2O2 e
OH·. Geralmente,
esses metais estão disponíveis em quantidades muito limitadas e as propriedades
antioxidantes dessa vitamina predominam in vivo.
O
processo de envelhecimento é inevitável, mas com a ajuda dos antioxidantes,
utilizados de forma simultânea podemos atenuar ou inibir os efeitos dos
radicais livres assim podendo amenizar os seus efeitos nocivos nesse processo.
Referencias
BATELLO
Celso Fernandes. Alimentação: um segredo da saúde: um caminho natural e
consciente. São Paulo, Sp Ground 1991.
CARPER
Jean. Pare de envelhecer agora! O mais avançado plano para manter a juventude e
reverter o processo de envelhecimento. Rio de Janeiro Rj, Elsevier, 1997.
PERRICONE,
Nicholas. O FIM DAS RUGAS: Um método natural e definitivo para evitar o
envelhecimento da pele. EDª Elsevier, Rio de Janeiro, 2001.
MICHELAUN,
Natalia, MICHELAUN Varinia M. Dicionário de ingredientes para cosmética e
cuidados da pele. Ed. Senac São Paulo Sp, 2010.
Cordova, Alfredo; Navas,
Francisco J .. Os radicais livres EO Dano
muscularproduzido
Pelo Exercício:. Papel dos Antioxidantes Rev Bras Med Esporte , Niterói, v 6, n.. 5,
outubro 2000
FERREIRA, ALA; Matsubara,
LS. Radicais livres : Conceitos, Doencas relacionadas, o Sistema de Defesa e estresse
oxidativo . Rev. Assoc. Med. Bras. , São Paulo , v. 43, n. 1, março
1997
MAGALHÃES,
SiIvia Carolina Resedá, Ação dos radicais
livres no organismo humano e suas consequências, FAMENE(Faculdade de
Medicina Nova Esperança), - World Gate Brasil Ltda, 2007
Nenhum comentário:
Postar um comentário